quinta-feira, 10 de março de 2011

Lince Ibérico (um animal em risco de extinção)

   O lince-ibérico (nome científico: Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares de cerval, lobo-cerval, gato-fantasma, gato-cerval, liberne, nunca-te-vi, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de felino que está mais em risco de extinção e é um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de cem linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica. Aparentemente encontra-se extinto em Portugal.


Distribuição 

   O lince-ibérico só existe em Portugal e Espanha. A população está confinada a pequenos agregados dispersos, resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.
 


Habitat e ecologia

   Este felino habita no maqui mediterrânico. Prefere um mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça. Não é frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas (eucaliptais e pinhais).
   Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel fundamental no controlo das populações de coelhos e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta.

 


Comportamentos

   É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
   Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de uma ou mais fêmeas.
   Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1, daí um dos seus pequenos aumentos populacionais. Não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.

 


Ameaças

   A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos devido à introdução da mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.
    Outras ameaças:
  • Utilização de armadilhas
  • Caça ilegal
  • Atropelamentos




 Medidas de conservação

   Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em sub populações inviáveis terão que ser capturados.
  • Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha
  • Listada na CITES
   Em Portugal, a Liga para a Protecção da Natureza, em parceria com a organização internacional Fauna & Flora International, lançou, em 2004, o Programa Lince, que conta com a participação e o apoio técnico e científico de um grupo composto pelos principais especialistas nesta espécie em Portugal. No âmbito deste Programa, têm sido desenvolvidos projectos, entre os quais se incluem Projectos LIFE, que visam sobretudo a recuperação do habitat natural do Lince Ibérico. O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico de Silves terá o propósito de fazer com que linces reprodutores em cativeiro se reproduzam no território nacional.

 


Fonte:
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Lince-ib%C3%A9rico

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